CVM Acelera Investigação de Manipulação nas Ações da Ambipar: Diretores Sob Acusação de Ultraje ao Limite de Recompra
CVM investiga manipulação em ações da Ambipar, Diretores são acusados de exceder limite de recompra
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) intensificou as investigações sobre uma suposta manipulação nas ações da Ambipar. O órgão regulador abriu um processo de sanção que aponta o controlador da empresa, Tercio Borlenghi Junior, e outros quatro diretores por irregularidades durante a recompra de ações.
A investigação gira em torno de operações realizadas entre junho e setembro de um determinado ano, quando, segundo o site Seu Dinheiro, um esquema de compra de ações teria inflado artificialmente o valor dos papéis. A CVM suspeita que foram ultrapassados os limites permitidos para recompra de ações no mercado.
Os detalhes apontam para um movimento orquestrado envolvendo diversos fundos de investimento. Essa movimentação chamou a atenção do mercado e agora está sob o escrutínio rigoroso da CVM, que busca esclarecer as responsabilidades e a extensão das possíveis fraudes.
Esquema de Compra e Venda de Ações sob Suspeita
Entre os meses de junho e agosto daquele ano, o controlador da Ambipar, juntamente com o fundo Esna e mais dois fundos, Kyra FIA e Texas FIA, iniciaram um processo de aquisição de ações. Essa estratégia, conforme apurado, teria sido responsável por um aumento expressivo no valor dos papéis da companhia no mercado.
Essa dinâmica de compra e venda de ações é um dos focos centrais da investigação. A CVM busca determinar se houve, de fato, uma tentativa de manipulação do preço das ações da Ambipar, prejudicando outros investidores e o mercado como um todo.
Alterações no Controle de Fundos Aumentam Suspeitas
Um ponto crucial na investigação, conforme divulgado pelo site Seu Dinheiro, é a alteração na estrutura de cotistas de fundos de investimento. Em setembro, o fundo Ilha de Patmos FIM, ligado a Tanure, tornou-se cotista do Esna, substituindo o Banco Master.
Posteriormente, a totalidade das cotas do Esna detidas pelo fundo Ilha de Patmos foi integralizada no fundo Phoenix. Este último fundo, vale lembrar, foi o responsável pela aquisição da Emae, o que levanta ainda mais questionamentos sobre as conexões e os objetivos por trás dessas transações financeiras complexas.
Acusação Formal: Exceder Limite de Recompra de Ações
A CVM formalizou a acusação contra Tercio Borlenghi Junior e outros quatro diretores da Ambipar. O processo de sanção, noticiado pelo site Seu Dinheiro, alega que, durante o período de recompra de ações, a companhia **ultrapassou o limite de 10% das ações em circulação no mercado**. Esse limite é uma regra fundamental para garantir a saúde e a transparência do mercado de capitais.
A violação dessa norma pode ter consequências severas para os envolvidos e para a própria companhia. A investigação segue em curso, com o objetivo de apurar todos os fatos e aplicar as sanções cabíveis, caso as irregularidades sejam comprovadas.

